Análise de Mercado: Insights sobre 2020 e aprendizados para 2021

Como já é tradição da Speexx Brasil, agora em dezembro, tivemos mais um webinar. Por ser fim de ano, em vez de uma masterclass, organizamos uma mesa redonda com profissionais das áreas mais diversas para rever o ano e falar das expectativas para 2021.

Estiveram conosco nesse painel algumas figuras já conhecidas, como o psicólogo Moacir Tavares, que já falou do papel do RH na Internacionalização de Equipes, a mentora de RH Daniele Matos, que fez uma masterclass sobre o papel estratégico do RH como Business Partner, e a analista comportamental e coach de carreiras Ariella Barros, que nos contou sobre a importância da marca pessoal e o LinkedIn.

Além deles, estavam no painel Renata Leal, especialista em comunicação corporativa, jornalista, empreendedora e palestrante, e Vanessa Spirandeo, mediadora, professora universitária e especialista em marketing digital, também estavam no painel. Já deu para perceber o nível do diálogo, não é? Vamos falar de alguns pontos altos:

Adaptação

Esta foi a palavra-chave que definiu 2020 para o grupo. No ano em que tudo mudou, se adaptar foi uma estratégia de sobrevivência e de manutenção da saúde mental essencial. Foi preciso colocar em prática os planos B e rever projetos. Muita gente teve que se reinventar, então, a flexibilidade foi muito importante.

O que o ano de 2020 e a pandemia fizeram foi mostrar que nem o melhor dos planejamentos está imune a contratempos. Dessa forma, a capacidade de adaptação destacou muitos profissionais, e continuará sendo importante daqui para frente.

Fonte: Webinar de Claudia Barbosa, Diretora de RH LATAM da QIAGEN

Digitalização, Confiança e Comunicação

Com a necessidade de isolamento social, 2020 fez a aceleração do processo de transformação digital. Evoluímos a passos largos. Mesmo empresas sem tradição em home office tiveram que se adaptar.

O que Daniele e Moacir, os participantes de RH da mesa, pontuaram é que isso fez com que as empresas abrissem mão do controle e o trocassem, de forma salubre, por confiança. As pessoas mostraram que, sim, é possível produzir de casa, com autonomia e responsabilidade.

A distância trouxe alguns impasses de comunicação, algo que Renata observou: precisamos lembrar que mensagens por celular e e-mails não têm tom de voz e não confiar apenas no que achamos que o outro sabe. O óbvio precisa ser dito, os acordos precisam ser claros. Comunicar direito ganhou um novo patamar de importância.

Ariella agrega à discussão lembrando que, para comunicar bem e entender como agir com autonomia, as pessoas precisaram buscar entender bem seus objetivos. Afinal, para se expressar, você tem que saber aonde quer chegar, e a finalidade daquela comunicação importa muito nesse sentido.

Foco no Comportamental

Falando em se conhecer melhor, o autoconhecimento passa pela inteligência emocional (que, aliás, foi tema de uma masterclass), o que nos leva a outro tema muito debatido nesse encontro: a necessidade de olhar para dentro.

Ariella nos lembrou que as “habilidades do futuro” debatidas no Fórum Econômico Mundial de 2019 já são realidade no presente. Autorresponsabilidade faz parte, e ela exige esse olhar interno de autoconhecimento, de entender suas próprias motivações.

Todos os participantes fizeram eco a essa necessidade, até mesmo como tendência irrevogável de carreira, já que as pessoas, conhecendo bem seus objetivos, precisam assumir as rédeas das próprias carreiras e não ficar esperando que a empresa ou o chefe faça por elas.

Fonte: Webinar de Claudia Barbosa, Diretora de RH LATAM da QIAGEN

Clareza, Protagonismo e Aceitação

Se passamos por autoconhecimento, a palavra “clareza” acabou sendo natural. A clareza de saber o que se quer é o que nos permite priorizar e, se necessário, rever prioridades. Até porque foram muitos momentos em que todos tiveram que relegar controle, entender que muita coisa estava fora de nossas mãos e, sim, traçar novas rotas a partir disso.

Quando se tem clareza e se aceita que certas coisas estão fora de controle, é mais factível assumir uma posição de protagonismo e, aí, sim, tomar a frente do que é possível fazer, se reinventar, trazer para si a responsabilidade de fazer acontecer. Isso, além de ter sido importante em 2020, todos eles apontam que será primordial em 2021. Especialmente porque é possível que ainda tenhamos algumas crises pela frente. A pandemia continua.

Resumindo, a dica para o próximo ano é: perceber-se, respeitar seus limites, definir seus objetivos e ir atrás deles dentro de suas possibilidades, sempre com autocompaixão e empatia.

Quer saber mais? Acesse o vídeo e veja esse debate enriquecedor.